Cantiga do Estradar - Elomar
Tá fechando sete tempo qui miã vida é camiá
Pulas istrada do mundo dia e noite sem pará
Já visitei os sete rêno adonde eu tiã qui cantá
Sete didal di veneno traguei sem pestanejá
Mais duras penas só eu vêno ôtro cristão pra suportá
Só irirmão do sufrimento de pauta véa c'a dô
Ajuntei no isquicimento o qui o baldono guardô
Meus meste na istrada e o vento quem na vida mi insinô
Vô me alembrano na viage das pinura qui passei
Daquelas duras passage nos lugari adonde andei
Só de pensá me dá friage nos sucesso que assentei
Na miã lembrança ligião de condenados nos grilhão acorrentados
Nas trevas da inguinorânça sem a luz do grande Rei
Tudo isso eu vi nas miã andança nos tempo que eu bascuiava o trecho alei
Tô de volta já faiz tempo qui dexei o meu lugá
Isso si deu cuano moço qui eu sai a percurá
Nas inlusão que hai no mundo nas bramura qui hai pru lá
Saltei pur prefundos poço qui o tinhoso tem pru lá
Jesus livrô derna d'eu môço do raivoso me panhá
Já passei pur tantas prova inda tem prova a infrentá
Vô cantano miã trovas qui ajuntei no caminhá
Lá no céu vejo a luã nova cumpaniã do istradá
Ele insinô qui nóis vivesse a vida aqui só pru passá
Nóis intonce invitasse o mau disejo e o coração
Nóis prufiasse pra sê branco inda mais puro
Qui o capucho do algodão
Qui num juntasse dividisse nem negasse a quem pidisse
Nosso amô o nosso bem nosso terém nosso perdão
Só assim nóis vê a face ogusta do qui habita os altos céus
O piedoso o manso o justo o fiel e cumpassivo
Siõ de mortos e vivos nosso pai e nosso deus
Disse qui haverá de voltá cuano essa terra pecadora
Marguiada im transgressão tivesse chêa de violença
De rapina de mintira e de ladrão
Cartas Catingueiras (1983) - Um grande registro do cancioneiro, e onde surgiu a oportunidade de ser mostrado ao público algumas peças de violão-solo compostas a partir da quadra dos dezessete.
http://www.geocities.com/Broadway/Stage/3901/elomar1.htm
Pulas istrada do mundo dia e noite sem pará
Já visitei os sete rêno adonde eu tiã qui cantá
Sete didal di veneno traguei sem pestanejá
Mais duras penas só eu vêno ôtro cristão pra suportá
Só irirmão do sufrimento de pauta véa c'a dô
Ajuntei no isquicimento o qui o baldono guardô
Meus meste na istrada e o vento quem na vida mi insinô
Vô me alembrano na viage das pinura qui passei
Daquelas duras passage nos lugari adonde andei
Só de pensá me dá friage nos sucesso que assentei
Na miã lembrança ligião de condenados nos grilhão acorrentados
Nas trevas da inguinorânça sem a luz do grande Rei
Tudo isso eu vi nas miã andança nos tempo que eu bascuiava o trecho alei
Tô de volta já faiz tempo qui dexei o meu lugá
Isso si deu cuano moço qui eu sai a percurá
Nas inlusão que hai no mundo nas bramura qui hai pru lá
Saltei pur prefundos poço qui o tinhoso tem pru lá
Jesus livrô derna d'eu môço do raivoso me panhá
Já passei pur tantas prova inda tem prova a infrentá
Vô cantano miã trovas qui ajuntei no caminhá
Lá no céu vejo a luã nova cumpaniã do istradá
Ele insinô qui nóis vivesse a vida aqui só pru passá
Nóis intonce invitasse o mau disejo e o coração
Nóis prufiasse pra sê branco inda mais puro
Qui o capucho do algodão
Qui num juntasse dividisse nem negasse a quem pidisse
Nosso amô o nosso bem nosso terém nosso perdão
Só assim nóis vê a face ogusta do qui habita os altos céus
O piedoso o manso o justo o fiel e cumpassivo
Siõ de mortos e vivos nosso pai e nosso deus
Disse qui haverá de voltá cuano essa terra pecadora
Marguiada im transgressão tivesse chêa de violença
De rapina de mintira e de ladrão
Cartas Catingueiras (1983) - Um grande registro do cancioneiro, e onde surgiu a oportunidade de ser mostrado ao público algumas peças de violão-solo compostas a partir da quadra dos dezessete.
http://www.geocities.com/Broadway/Stage/3901/elomar1.htm
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