A Pedra - Fernando Tanajura
A pedra preta faz penhasco liso
que a ave pousa e desliza leve
Do cume verde, Pedro viu a pedra
e quis voar, pensando que era ave
No ar nublado, quis voltar correndo,
pensando em jatos e asas recortadas,
sem refletir que o velho corpo inchava,
sem colorir o gás que a pedra dava
Voando baixo, coração partido
quis dar um grito alto, dolorido
Viu que era tarde, e a pedra nua urrava
que vida e morte em tudo comungava
A chuva forte desmanchou o sangue,
as linhas tortas, rubro-negras, mortas
Pedro que é pedra misturou-se torto
Novo rochedo nasceu preto, morto
que a ave pousa e desliza leve
Do cume verde, Pedro viu a pedra
e quis voar, pensando que era ave
No ar nublado, quis voltar correndo,
pensando em jatos e asas recortadas,
sem refletir que o velho corpo inchava,
sem colorir o gás que a pedra dava
Voando baixo, coração partido
quis dar um grito alto, dolorido
Viu que era tarde, e a pedra nua urrava
que vida e morte em tudo comungava
A chuva forte desmanchou o sangue,
as linhas tortas, rubro-negras, mortas
Pedro que é pedra misturou-se torto
Novo rochedo nasceu preto, morto
2 Comments:
Lucas, é um enorme prazer participar do seu blog com a minha pedra poética. Desejo-lhe muito sucesso!
Abraços,
F. Tanajura
Não há de quê, Tanajura.
Postar um comentário
<< Home