Lições Elementares da Pedra - IV
O ponto ocaso
Pondo à noite o crivo no vaso
e a fenda em orifício permeável
feita a luz o risco do atrito
que do crivo faz um grito.
Se descoberto o vaso em cálice
e em verbo o silêncio interdito
que se diga o motivo presto:
A janela em sol postiço.
E manchado o chão em vinho
e em luz o quarto está sozinho
mas a terra, qual esponja
beberá o sol ao teto.
Dessa lâmpada, leve o inseto
embriagado em éter-nectar
num esquife rebentado
cairá decrépito.
Pondo à noite o crivo na chama
e ao dissipar a voz carbonizada
restará ao sol da vela
a amplidão pedrada.
Lucas Tenório
Pondo à noite o crivo no vaso
e a fenda em orifício permeável
feita a luz o risco do atrito
que do crivo faz um grito.
Se descoberto o vaso em cálice
e em verbo o silêncio interdito
que se diga o motivo presto:
A janela em sol postiço.
E manchado o chão em vinho
e em luz o quarto está sozinho
mas a terra, qual esponja
beberá o sol ao teto.
Dessa lâmpada, leve o inseto
embriagado em éter-nectar
num esquife rebentado
cairá decrépito.
Pondo à noite o crivo na chama
e ao dissipar a voz carbonizada
restará ao sol da vela
a amplidão pedrada.
Lucas Tenório
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