Lira dos trinta e seis
Temo ter passado da era da assonância
entre o fúnebre e o trago
do jazigo
da abundância.
Teimo pelo estrago
entre utopia e nada
mal acabada
da infância.
Um agora aos trinta e seis
em que a morbidez
remansa
Num copo azedo
de que só bebo
água salgada
Temo que o sol maldito
nunca mais seja escrito
de madrugada.
Lucas Tenório
entre o fúnebre e o trago
do jazigo
da abundância.
Teimo pelo estrago
entre utopia e nada
mal acabada
da infância.
Um agora aos trinta e seis
em que a morbidez
remansa
Num copo azedo
de que só bebo
água salgada
Temo que o sol maldito
nunca mais seja escrito
de madrugada.
Lucas Tenório
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